Depois daquele estrondo contra a parede, o corredor mergulhou em silêncio. Rodrigo, além do grito inicial de dor, não emitiu mais nenhum som. Encarando o olhar gélido daquele homem, sua cabeça quase se encolhia dentro do peito.
- Parece que o tio tem uma memória ruim, é por isso que sempre esquece minhas palavras. - O recém-chegado era Douglas.
Seu rosto jovem e bonito estava carregado de melancolia e indiferença. Uma aura fria e afiada como uma lâmina emanava dele enquanto ele caminhava lentamente em direção a Rodrigo, que estava deitado no chão, lutando para se levantar.
Rodrigo recuou, suplicando rigidamente:
- Douglas, afinal de contas, sou o pai de Natália. Embora vocês estejam divorciados agora, e você não tenha que me chamar de "pai" como ela, ainda sou seu ancião...
- Eu já tinha te avisado quando você foi ao Grupo Rocha fazer um escândalo. O que você prometeu naquela ocasião? - Douglas perguntou friamente, ajoelhando-se diante dele. - Você disse que, se eu não te fizesse pagar