À noite, Douglas foi chamado ao Clube Eros por um telefonema de Lourenço.
Ao abrir a porta da sala privativa, para sua surpresa, Isaac também estava lá, com machucados visíveis pelo corpo. Vestia um suéter casual e calças, segurando um copo de bebida.
Douglas franzia a testa ao se aproximar.
Entre os dois, Lourenço estava sentado, sem que um olhasse para o outro, criando uma atmosfera tensa, ao ponto de o garçom, responsável por servir as bebidas, endireitar as costas para aliviar o constrangimento.
Lourenço, relaxado, apoiava-se no encosto de sua cadeira, cruzando as pernas longas, e com os olhos semi-cerrados, observava os dois, ignorando-se mutuamente e bebendo, e disse irritado:
- O que vocês estão fazendo? São amigos há tantos anos, não podem se reconciliar depois de uma briga?
Ele tinha organizado esse encontro justamente para melhorar a relação entre eles.
Douglas piscou, com uma voz baixa, irritada e reprimida:
- Eu e ele nunca vamos nos reconciliar.
Lourenço retrucou:
- Cale a