Vitória viu aquele documento familiar e soube do que se tratava.
Ela não o pegou:
— Eu já te disse, não quero nada.
Ela não precisava de nenhum bem que ele pudesse lhe dar.
O homem franziu a testa:
— Agora não tenho tempo para esses jogos.
— Dario, eu nunca disse que era um jogo, eu estou falando sério. — Vitória se virou para ele e falou. — Você disse que odiava que as pessoas usassem o casamento para manipulação, e de fato, foi uma ilusão da minha parte. Nos últimos três anos, minha presença deve ter te incomodado profundamente. Então, considere isso como uma compensação pelos danos psicológicos. Não precisa me dar dinheiro. Eu vou sair sem nada.
Dario deixou a mão que estava massageando a testa cair e virou a cabeça, encontrando seus olhos de amêndoa, limpos e calmos.
O humor dele não melhorou muito, e ele colocou o documento entre os dois:
— Não é necessário, isso é o mínimo que eu deveria fazer. Eu ainda não sou tão mesquinho a ponto de negar algo para uma mulher