Era José.
- Tia, você finalmente voltou.
Exclamou José animado, correndo em direção a ela e abraçando suas pernas. No entanto, ao ver o frasco de remédios em suas mãos, as sobrancelhas dele se franziram.
- Tia, você está doente?
Perguntou ele, preocupado.
Maria acariciou a cabeça do pequeno.
- Está tudo bem, é apenas uma pequena doença.
José balançou a cabeça com urgência.
- Vovô Antônio costumava dizer que pequenas doenças se tornam grandes doenças. Não, eu vou contar para o papai.
A criança saiu correndo antes que Maria pudesse detê-lo.
Com um sorriso amargo, ela puxou os lábios. Mesmo que ele contasse a Eduardo, o homem sempre acreditaria que ela estava fingindo estar doente, fingindo ser uma coitada.
Assim que José saiu, Miguel entrou.
Ele cruzou os braços e falou com severidade:
- Por que você não foi mais cruel e o matou, de uma vez por todas?
Era evidente que ele estava acusando-a de ter sido muito implacável.
Ela riu suavemente.
- Se eu o matasse, vocês provavelmente me mataria