O quarto estava silencioso quando Melia abriu os olhos, estava mais claro que o normal, mas não era isso que lhe chamou atenção, ao erguer a cabeça, percebeu Juno de pé junto à janela, imóvel, os olhos fixos lá embaixo no pátio.
— Juno? — murmurou, a voz ainda arrastada pelo sono. — O que você tá fazendo aí?
A amiga não respondeu de imediato, apenas ergueu o queixo, como quem observa algo que não queria perder nenhum detalhe. Melia se ajeitou na cama, curiosa.
— O que tá acontecendo?
Juno finalmente se virou, e havia um brilho estranho em seus olhos, uma mistura de satisfação e incredulidade. Ela fez um gesto, chamando Melia com a mão, empolgada como a amiga nunca tinha visto Juno estar.
— Vem ver, rápido! Você precisa ver isso, amiga!
Mesmo confusa, a loba levantou-se e caminhou até a janela, então, quando os olhos se acostumaram com a luz do sol, sua boca se abriu num “O” perfeito e ela apoiou uma das mãos sobre os lábios encarando a cena que se desenrolava no gramado. Ali embaixo,