Melia estava encolhida no canto da cama, o rosto vermelho de tanto chorar, os olhos marejados que mal conseguiam focar. O roupão branco estava frouxo sobre os ombros, como se a qualquer momento fosse escorregar. A cada soluço que escapava, sua voz se transformava em um grito abafado de desespero.
Tinha escutado toda a conversa entre o alfa na sua sala e Juno, agora ela escutava tudo, o bater do seu coração, do coração dos outros, cada ruído na rua, sua cabeça doía. Era assim que os lobos normais ouviam? Era assim que viviam? Como ela ia conseguir pensar com tanto barulho?
— Vai embora! — gritou, a garganta arranhada pela força que fazia. — Eu já disse que não vou com você! Você não é meu dono!
Do outro lado da porta, Killer cerrou o maxilar, respirando fundo, o peito subindo e descendo com força. As veias saltavam em seus braços, a paciência dele se esvaía como sangue derramado. Aquele grito dela, aquela resistência, acendia ainda mais sua raiva.
— Não vou sair daqui sozinho — ele re