Ela evitou vê-lo a semana toda para acalmar a mãe, que estava estranha, não conversava muito com ela, e a jovem se sentia como uma cachorrinha arrependida correndo atrás. Como Klaus saía do trabalho antes dela, ele decidiu tudo. Ela foi para casa se arrumar, tomada por ansiedade. Lavou o cabelo, secou-o, deixando-o bem volumoso, um estilo que nunca usaria no hospital. Escolheu um vestido laranja de alcinha, decotado e propositalmente ousado para a sogra, e tênis branco. Preparou sua pequena mala e ficou esperando que Klaus a buscasse. Ele havia mencionado um jantar fora, talvez em um restaurante japonês, onde encontrariam Salete. Ela fez uma maquiagem marcante e forte. Klaus chegou para buscá-la sozinho, parecendo tranquilo e relaxado.
Ao chegarem ao restaurante, entraram de mãos dadas. Ele não havia dito a Salete quem ela era. Antes de chegarem à mesa, ele lhe falou baixinho:
— Amor, se ela fizer algo, por favor, ignore. Não caia na pilha dela!
Logo ela viu Salete, loiríssima, sentad