Grace

— O que... — Soltei em um grito rouco, finalmente recuperando minha voz perdida. Ela soou áspera e frágil, mas ainda me permitia falar.

— Ah, finalmente, Srta. Whitlock. Parece que precisava de um estímulo para se dirigir a mim. — O homem do outro lado tornou a rir.

Lágrimas subiram aos meus olhos, mas não chegaram a cair. Murmurei com a voz trêmula:

— Q-quem... quem é você?

— Essa não é a pergunta correta, Srta. Whitlock. — Ele falou, aparentando uma alegria tranquila. — Você deveria indagar o que pretendo de você.

O punho em meus cabelos apertou-se, arrancando alguns fios. As lágrimas, enfim, escaparam-me quando a dor em meu couro cabeludo se intensificou.

— O que... você... quer? — Minha garganta queimava. Parecia que alguém a golpeara e, agora, eu não conseguia pronunciar nenhuma palavra sem pausas nem a sensação de que sangrava por dentro.

— É simples, Srta. Whitlock. Desejo apenas que convença seu namorado a cancelar a assembleia dos acionistas. — A voz dele tornou-se mais