— E você está interessado demais em mim. Por que não pode simplesmente olhar para outro lado? — Bufei, desistindo de me contorcer.
Senti vontade de ter um colapso nervoso e chorar. Aquele dia já se tinha mostrado suficientemente cruel e parecia disposto a piorar.
De súbito, a mão dele surgiu diante do meu rosto e arrancou o tubo de pomada. O sangue gelou nas minhas veias.
Instintivamente, estendi a mão para recuperá-lo, porém ele já se curvava. Ofeguei e apertei as coxas.
O comprimento reduzido da saia em nada colaborava. Ah, querida Alma, como me colocara numa enrascada.
Tristin percebeu a rigidez do meu corpo e se imobilizou. As sobrancelhas se ergueram quase até o couro cabeludo, e os olhos azuis procuraram os meus, carregados de curiosidade.
— Não é… apropriado, Tristin. — Sussurrei entre dentes.
— Porque você é casada? — Ele estava tão próximo que pude distinguir a profundidade oceânica na íris dele.
Minha mente se esvaziou por um instante, deixando-me muda.
— Que… e eu… — Balbuci