Eu me empolguei e acabei demorando para voltar para casa. Eu só percebi o quão tarde era quando meu pai telefonou. Já era noite e já fazia um bom tempo que eu estava sentada na areia da praia, olhando para o mar e pensando sobre tudo que está acontecendo comigo. O toque do meu telefone me tirou dos meus pensamentos. Era o meu pai. Eu atendo.
─ Oi pai.
─ Onde você está?
Eu olho em volta – eu estou na praia ainda. Acho que me empolguei um pouco.
─ Eu vou buscar você. Diga onde você está exatamente.
─ Eu estou em frente ao Parque Dona Lindu, na beira-mar. – eu explico.
─ Estarei aí em dez minutos.
─ Ok.
Dez minutos mais tarde, meu pai para o seu Corolla em frente ao parque e eu entro – obrigada.
─ Como você veio parar aqui? Você nem está de tênis e nem com roupa de ginástica,
─ Eu só vim caminhando pela praia e depois me sentei na areia e esqueci o tempo.
Ele afastou o carro do meio-fio em direção ao trânsito que por sinal estava caótico – muita coisa pra pensar?
─ Sim. Muita.