Como era de se esperar em uma terça-feira à tarde não havia tanta gente na praia. Eu tiro as sandálias e piso na areia morna. O cheiro de mar, o vento forte bem característico do mês de agosto o som dos pássaros. Eu vejo o quanto senti falta disso e olhe que foram menos de dois meses. Eu me pergunto se eu iria me acostumar a viver em Nova York para sempre. Casar-se com Jake significaria isso: Morar em Nova York definitivamente e vir ao Recife apenas a passeio. Significa que, caso tenhamos filhos, eles serão criados lá, é realmente uma escolha muito séria. Principalmente diante do pouco tempo que nós estamos juntos. O céu está de um azul impecável, a água está calma, a maré está no seu menor nível e a praia tem apenas as piscinas naturais protegidas pelos arrecifes que deram o nome a nossa cidade. Eu quero que Jake veja isso então eu faço uma chamada pelo Skype do meu iphone. Ele atende imediatamente.
─ Oi – ele diz.
─ Oi, amor. Eu quero mostrar uma coisa.
─ Eu espero que não seja você