Isadora narrando
Com o adiantamento que Carmem me deu dos 700 reais, eu consegui comprar os remédios de Lucas e também uma roupa de frio que ele precisava. Já que meu pai não se importava com nada, nada mesmo.
Estava saindo de casa para ir fazer a faxina na Dona Carmem, quando um oficial de juiz b**e palmas na frente da casa.
- Boa tarde - Digo saindo e indo em direção a ele.
- Preciso entregar isso e que você assine para mim - Ele diz me entregando o papel
- Oque é isso? - Pergunto para ele
- Por falta do pagamento da hipoteca a casa vai para leilão - Ele diz e eu o encaro - Tem 20 dias para regularizar a situação que aí a casa não vai para leilão, é só entrar nesse endereço.
- Obrigada - Eu digo assinando o papel, eu encarava o papel na minha mão depois e não estava aacreditando.
Se a casa fosse a leilão para onde eu iria com Lucas? Eu não tinha parente nenhum próximo que eu saiba, eu iria estar na rua com uma criança pequena.
-
Estava limpando o chão da entrada casa quando me b**e uma tontura e uma dor no estômago, deveria ser fome , eu não me alimentava direito fazia muitos dias , apenas comia o que sobrava , já que eu precisava alimentar o meu irmão. Acabo sentando na escada que dava para a entrada da casa , e quando estava perdendo os sentidos, escuto alguém me acudir.
- Você está bem? - Dona Carmem diz assim que abro meus olhos e vejo que estou em algum dos quartos deitada.
- Sim , foi só um mal estar - Digo para ela .
- Tem certeza? - Escuto a voz do amigo do Henrique o tal Diogo - Se eu não tinha chegado na hora você tinha rolado escada a baixo .
- Sim tenho - Digo sentando - Foi só do calor - Eu falo e eles me olham.
- Mas está 14 graus - Dona Carmem diz
- Esta tudo bem - Eu digo me levantando - Eu preciso terminar de limpar e tenho que buscar meu irmão.
- Isadora - Dona Carmem diz - Você está liberada pode ir para a casa - Ela diz me entregando o dinheiro da faxina e eu nego com a cabeça - Pode pegar, depois você termina.
- Obrigada - Eu digo assentindo, e pego o dinheiro sem conferir e coloco no bolso.
Eu ainda estava um pouco tonta então sai meio que me escorando nas coisas , minha barriga roncava muito de fome.
- Deixa eu te levar para casa - Diogo diz
- Não precisa - Eu digo tentando sorrir para ele
- Olha o seu estado - Ele diz parando na minha frente - Vem eu te ajudo. - Ele diz é eu acabo assentindo eu sabia que não iria conseguir ir pegar Lucas e depois ir para casa do estado que eu estava.
Ele para na frente de um café e desci, e abre a porta para que eu consiga descer também.
- Vem, vamos comer algo - Ele diz - Você deve está com fome.
Eu acabo cedendo , eu tinha algum dinheiro, eu precisava comer algo, eu estava bastante fraca e com muita fome.
- Boa tarde , qual vai ser o pedido de vocês? - a garçonete pergunta.
- Vou querer dois sanduíches naturais e dois sucos de laranja, e dois pedaços de bolo - ele diz - Você gosta disso?
- Sim , mas é que - eu tento falar mas ele me corta
- é isso - ele diz para garçonete que assente e vai levar nossos pedidos para dentro - Fica tranquila você é minha convidada.
Ele diz e eu apenas assinto, esse lugar sempre pareceu bem caro então eu nunca entrei aqui.
Nossos pedidos chegaram , e começamos a comer , o sanduíche era enorme, olhei para a comanda e vi que cada sanduíche custava 17,00 reais, ainda que ele disse que iria pagar , porque não iria ter dinheiro para isso .
- Você sabe que Henrique gostou muito de você - ele diz e eu o encaro.
- Não entendi - Eu digo para ele me fazendo de desentendida.
- Eu sei que você precisa de dinheiro, e eu posso te ajudar - ele diz - Eu sei que a sua casa vai à leilão, seu irmão precisa de um tratamento caro.
- o que você quer dizer com isso? - Digo cruzando os braços.
- Henrique pode pagar tudo isso para você, basta você querer - ele fala e euuu arregalo os olhos para ele - É só você ser apenas dele.
Eu não acredito no que eu estava houvindo, o que ele estava me oferecendo, em momento nenhum na minha vida eu iria imaginar recebendo uma proposta dessa, imagina o desgosto que eu daria para para a minha mãe.
- Não, obrigada . - Digo para ele que me encarava sério.