PARTE 2
Salvador
Naquela noite, diante da janela do quarto olhando para fora, para o nada, Daniela repensava sua vida enquanto o colar de diamantes e a passagem para o Quênia jaziam sobre sua cama como um fantasma que voltou para assombrá-la. Sabia que aquilo não poderia ser coisa de Antonino; ele estava morto.
Naquele momento, Daniela foi transportada no tempo; seus pensamentos retrocederam para quatro anos antes.
— Deus misericordioso, receba o seu filho na sua morada celestial...
Quando se aproximou da multidão, no cemitério, todos que estavam presentes a olharam espantados e alguém ofereceu lugar para que ela se sentasse na primeira fila bem em frente ao caixão. Ela sentia um aperto no peito, achando que iria ter um infarto fulminante e que também ficaria ali com Antonino.
Franco também estava sentado na primeira fileira, três cadeiras depois da sua e não tirava os olhos dela, analisando-a, estudando-a, sondando suas reações.
Depois que tudo terminou e as pessoas foram embo