Enquanto Gabriel estava na prefeitura, minha sogra cuidava dos trigêmeos para que eu pudesse descansar. Selma estava ocupada fazendo uma faxina pela casa, e eu aproveitei aquele raro momento de silêncio para me deitar no sofá da sala e tentar relaxar um pouco. Meus pensamentos estavam dispersos, variando entre a exaustão da rotina e a felicidade de ter meus filhos e Gabriel ao meu lado. No entanto, antes que pudesse me desligar completamente, a campainha tocou.
Clara, minha melhor amiga, entrou com um sorriso no rosto, segurando uma caixa de chocolates.
— Você merece um pouco de prazer em forma de comida, Anne
— disse, entregando-me a caixa.
Eu franzi o cenho, pegando os chocolates, mas estranhando o tom da sua voz.
— Por quê? O que está acontecendo? — perguntei, já sentindo um nó se formando no estômago.
Clara hesitou, o que só aumentou minha pre