Manuela Morris
Uma semana se passou desde a consulta de ultrassonografia – uma semana em que, apesar de tudo, o que parecia ser o melhor momento do nosso casamento floresceu. Eu, Collin, tenho vivido uma montanha-russa de emoções. Os dias têm sido surpreendentemente leves, repletos de momentos de ternura e diálogos sinceros com Manuela, mas, como sempre, uma sutil dúvida insiste em me acompanhar, lembrando-me de que a incerteza da paternidade ainda paira no ar.
Naquela manhã, acordei antes do sol, tomado por um silêncio introspectivo. Ao abrir os olhos, o primeiro que vi foi o contorno sereno de Manuela dormindo no sofá da sala. Seu corpo repousava com calma, e a barriga, já evidente com os cinco meses de gestação, parecia contar a história de uma nova vida que se formava entre nós. A visão me encheu de um misto de esperança e inquietação.
Sentei-me devagar na cadeira ao lado dela e observei cada detalhe: o leve movimento dos cílios, a expressão pacífica que contrastava com o turbilh