Cadu
De longe, avistei Verônica andando de um lado para o outro, visivelmente preocupada. Seus passos rápidos e seu olhar ansioso para o relógio em seu pulso revelavam sua agitação. Eu me aproximei e estacionei minha moto perto da calçada.
— Sobe. — Pronunciei, entregando-lhe o capacete que peguei emprestado com um colega. No entanto, ela virou o rosto para o lado, recusando minha oferta.
— Eu já chamei um táxi. — Respondeu, cheia de orgulho.
Olhei ao redor e depois para ela, com ironia.
— Não vejo nenhum táxi te esperando!
— É porque ainda não chegou. — Ela retrucou, teimosa como sempre.
— Sobe logo, pørra! — Perdi a paciência, encarando-a com firmeza.
Ela me olhou, claramente irritada.
— Quem você pensa que é para falar comigo dessa forma? Eu não vou com você a lugar nenhum. — Disse com um olhar desafiador.
Respirei fundo para controlar minha raiva, sabendo que não tínhamos tempo a perder. Usei minhas últimas cartas na manga para convencê-la.
— Olha só, você tem duas opções: ou sobe