QUARENTA E SETE

Melinda

Estou vendo toda a minha vida, passando em meus olhos. Saber que você morrerá não é tão assustador como pensei. Por que será? Deve ser porque não penso que isso realmente acontecerá. O que sinto é muita raiva acumulada.

— O que fez ao meu segurança?

— O matei. — Deu de ombros. Pobre Mikhail, não merecia esse fim. Esse maldito terá o que merece. Enxuguei as lágrimas que teimam em cair.

— Deveria pensar no que farei contigo. — Meirelles falou interrompendo meus pensamentos. O máximo que fará comigo, será apenas ameaças vazias. — Suas tatuagens são bem instigantes. — Foda-se, Meirelles! — Expus enojada.

— Não se preocupe, foderei cada pedacinho do seu corpo, esse pedaço de mal caminho que me pertence desde que você era pequena. — Transpareceu velhaco. Tenho aversão a esse velho asqueroso.

— Cale a boca, vadia! — Mandou colérico. Me calei não porque mandou, mas para me poupar até chegar a hora. Pensei no transmissor que Andrei me deu. Preciso apertá-lo no momento oportuno, ou
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