Cap. 51

Cap.51

Lúcios estava ali, em sua cadeira de rodas, mas com a coluna ereta e a cabeça erguida, como a de um rei exilado que ainda governava com os olhos.

Rafael se sentou ao seu lado, ajeitando o paletó com afetação. O sorriso nos lábios era estreito, calculado. Um veneno suave.

— Acha mesmo que eu não percebo? — Lúcios murmurou, sem fitá-lo. — Esse jantar, essas promessas de casamento, esse teatro todo... tudo isso é apenas uma cortina para o que você quer de verdade: o meu dinheiro. A minha cadeira na presidência. Ser dono de tudo.

Rafael virou lentamente o rosto para o tio. O sorriso cresceu, como se fosse a resposta.

Lúcios o encarou. Um traço de surpresa brilhou em seu rosto tenso.

— Nem vai tentar negar?

— Por que negaria, tio? — Rafael inclinou-se, cruzando uma perna sobre a outra. — Esta noite é... o fim do seu ciclo. E eu sou só o agente da mudança.

Lúcios cerrou o punho. Mas o corpo não respondia como antes. As mãos suavam. O rosto começava a empalidecer. O vinho. O calor. Tu
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