CAPÍTULO 48
Valéria Muniz
O tempo passou e Theodoro não voltou pra casa. Abri a janela e não vi a luz do dia, já havia escurececido.
Pelo menos, se a Edineia já estivesse aqui, eu ficaria bem melhor, mas só vem na quarta-feira.
Lembrei que posso ligar pra ele, peguei meu celular e apertei o botão que me ensinou:
— Val? Está tudo bem?
— Oi... sim, só fiquei preocupada. Onde está?
— A caminho de casa, está com fome?
— Há, vou fazer alguma coisa no micro-ondas!
— Não! Eu vou comprar, fique tranquila.
— Está bem.
Theodoro me deixou mais tranquila, agora, já estava pensando que pudesse ter acontecido alguma coisa.
Deitei na cama e o esperei, embora ainda tenha demorado para chegar.
Quando ouvi o barulho na casa, logo levantei, mas além do cheiro da comida, senti aquele cheiro de perfume feminino caro, que senti lá no hotel, e só poderia ser daquela mulher.
“O que ela faria, aqui?“
— Théo? Está sozinho? — ajeitei