EZRA D'ARTAGNAN
Acordei lentamente, ainda preso no torpor do sono, enquanto o sol invernal encontrava um caminho pelas frestas da cortina, iluminando o quarto com uma luz suave. Sentia o calor do corpo de Penélope ao meu lado, e os meus olhos, como que hipnotizados, percorriam cada detalhe dela.
Dormia profundamente, tranquila, sem suspeitar do turbilhão que eu planejava para o dia de hoje. O seu cabelo cacheado e escuro espalhava-se sobre o travesseiro, contrastando com a sua pele negra e sedosa, que parecia absorver e refletir a luz com uma suavidade hipnotizante. Os lábios cheios, de um tom groselha que sempre me fascinava, estavam ligeiramente entreabertos, e o lençol fino mal cobria as suas curvas.
Eu observava-a com uma mistura de fascinação e obsessão, a posse impregnando cada pensamento meu. Penélope era minha, completa e irrevogavelmente minha. E mesmo sabendo do que estava por vir, o meu peito se apertava com uma possessividade feroz. Ela não fazia ideia dos documentos que a