21. ENFIM, O BEIJO
Larissa ainda sentia o coração vibrar como as cordas sensíveis de um violino recém-tocado. Sua mente se esforçava para acompanhar o que o coração já havia compreendido: ela havia dito sim. Três vezes. E aquele anel agora em seu dedo parecia pulsar como uma segunda pele, como se fizesse parte dela desde sempre, apenas esperando o momento certo para surgir.
Jacob, com um brilho satisfeito nos olhos, observava cada detalhe da reação dela. O modo como ela olhava para a mão, como respirava fundo tentando conter as lágrimas, e o sorriso leve que escapava dos lábios como quem experimenta a primeira brisa de liberdade.
Ele então quebrou o silêncio com a suavidade de quem sabe que está pisando em território sagrado.
— Bom… — disse ele, a voz baixa, íntima, com aquele tom naturalmente sedutor — agora precisamos marcar um jantar com nossas famílias. Quero que conheça meus pais.
Larissa ainda pairava entre o sonho e a realidade, mas ao ouvir as palavras dele, piscou algumas vezes e assentiu. Um p