A Explosão
No fim do dia, volto para casa esperando ter um pouco de paz. Mas assim que entro na sala, vejo Alexandro me esperando.
Ele está sentado, segurando um copo de uísque, com uma expressão séria.
— Como foi o dia? Ele pergunta casualmente, mas seu olhar diz outra coisa.
— Cansativo.
— Imagino. Trabalhar ao lado de Adriano deve ser muito desgastante. Ou será que foi divertido?
Suspiro, irritada.
— Alexandro, por que você está insistindo nisso?
Ele se levanta devagar, se aproximando.
— Porque não gosto do que vejo. Não gosto de ver minha noivinha tão à vontade com outro homem.
Minha paciência se esgota.
— Você está sendo ridículo! Nós trabalhamos juntos!
— Será? Porque da forma como você sorri para ele, parece mais do que isso.
Me aproximo dele, os olhos fixos nos seus.
— E se fosse? Você não tem direito de sentir ciúmes. Você não me quer, Alexandro. Você só quer me controlar.
O silêncio entre nós é pesado. Então, ele solta um riso baixo e sarcástico.
— Talvez você esteja certa.