Quando entramos em seu apartamento, fui duramente atingido por seu aroma doce, aquele que me deixou louco e que eu tive que ignorar para o meu próprio bem. Não importa o quão traiçoeira e mentirosa ela fosse, ela ainda era bonita e ainda a queria.
— Depressa, não tenho o dia todo para te ver a arrumar as tuas coisas.
— Não demorou muito — murmurou por mim.
Só o meu quarto na casa do meu irmão deve ser maior do que aquele pequeno apartamento. Apesar de quão pequeno era, parecia limpo e arrumado e cada detalhe capturava a essência da mulher que eu achava que conhecia.
Enquanto ouvia sua agitação em seu quarto, eu me permitia ver as fotos dessas molduras que ela havia colocado na mesa central da sala. Eram fotos de quando era criança e na maioria delas tinha o mesmo sorriso pelo qual me apaixonei. Mas de todas essas fotos, havia uma que me deixou com a boca aberta. Quando, em uma de nossas muitas conversas, ela me disse que se parecia muito com sua mãe e que seu pai a levou embora por es