Gabriel
Algumas horas na estrada e estou próximo da cidade onde cresci no interior. Tenho muitas lembranças deste lugar, boas e más. Os amigos, as brincadeiras, a escola... e meu grande amor.
Luma fez parte da minha adolescência, foi minha primeira namorada e meu primeiro amor, mas a maldade e ambição das pessoas nos afastaram. Hoje compreendo tudo o que aconteceu, e o preço que pagamos pela ambição alheia, a nossa separação, mas vou acabar com tudo isso, doa a quem doer.
Resolvo seguir direto para conversar com meu sogro, pois sei que a conversa pode ser longa e cansativa. Depois posso ir até a fazenda e tomar um café com dona Ana e comer um de seus bolos deliciosos.
Dirijo em direção a casa de Mário, o pai da Luma. Mas a essa hora ele deve estar na lida.
Passo pela roça onde ele trabalha e o vejo preparando a terra de uma área para o plantio. Salto do meu carro e o chamo:
— Mário!
O homem encosta a enxada no chão e procura por quem lhe chamou, mas olha para o lado oposto. Por isso,