Luma
— Você encontrou a Rosa? — Minha mãe pergunta levando a xícara até seus lábios.
Estávamos fazendo um pequeno lanche antes de levá-la de volta pra casa.
— Pois é, mãe. Eu sei que ela não presta, mas sempre fui amiga do irmão dela. Mas depois do que a senhora me disse ontem a noite... eu comecei a pensar em algumas coisas.
O bolo de mel da venda do senhor José é o mais delicioso que já comi, por isso fui lá só pra buscar e acabei trombando com a cobra da Rosa. E depois do que minha mãe me revelou ontem a noite, muita coisa começa a se encaixar.
— Hum! Esse bolo é uma delícia. — Ela saboreia.
— Não pode comer muito, ouviu, mãe. Está medicada, mas não pode abusar.
— Só um pedacinho, filha. E o café está amargo. — Ela levou a xícara até a boca. — Mas, filha, você precisa entender que Rafael nunca foi seu amigo. Você poderia ser amiga dele, mas ele gostava de você como mulher e não te queria como amiga.
— Mas só de pensar que ele pode ter me prejudicado pra tentar ficar comigo... nossa