A provocação de Peterson atingiu Miranda em cheio. A raiva e a frustração que ela tentava conter explodiram em uma resposta ríspida, a voz carregada de dor e autodepreciação.
— Realmente, se sou burra o suficiente para ficar com alguém esnobe como você. — ela disparou, os olhos marejados de fúria e mágoa. — Eu me odeio toda vez que te vejo e ouço seus comentários ácidos sobre mim.
A fúria e a mágoa de Miranda, expostas sem rodeios, pegaram Peterson de surpresa. O cinismo desapareceu de seu rosto, substituído por uma expressão mais suave, quase hesitante.
— Me desculpe! — ele disse, com a voz mais baixa e gentil do que ela já havia ouvido. — Eu não faço por mal, Miranda. É... é o meu jeito.
Ele a olhou nos olhos, a intensidade em seu olhar abrandada.
— Você nunca transou menstruada?
A desculpa de Peterson e sua pergunta íntima pareciam apenas irritar Miranda ainda mais. O breve momento de gentileza não foi suficiente para apagar a dor das palavras anteriores.
— Não! — respondeu ela, co