Lia ignorou a última provocação de Lysandro. Ele disse que Santina a acompanharia. A empregada entrou na sala, já trocada para sair. O motorista levou as duas.
Na casa de Lia, o contraste entre a casa de Lysandro, era brutal. Lia primeiro tomou banho, depois pegou poucas roupas: vestidos, lingeries simples, seus produtos de higiene pessoal, uma toalha, um travesseiro e um cobertor. Não havia muito o que levar.
Santina ofereceu ajuda e, agindo como uma mãe, aconselhou Lia a desligar os eletrodomésticos e esvaziar a geladeira. Lia abriu-a, e Santina viu a prova da sua situação difícil: a geladeira estava vazia. Só tinha uma garrafa de água e um pote de margarina. Lia desviou o olhar, envergonhada. Ficou bastante ansiosa, nervosa.
Lia voltou para a casa de Lysandro. Ele estava no quarto dele, mexendo no computador, esperando por ela. Ela entrou apreensiva, segurando a bolsa.
— Aonde eu vou ficar? — Ela perguntou, receosa.
— Aqui no meu quarto. — Ele falou sério, virando-se para tranquil