Sem achar que poderia ser surpreendida, ela também foi descendo, não acreditou na conversa de faxina, no sentido literal da palavra, ele foi abrindo a porta, a casa era moderna, cheia de câmeras, uma música de rock, começou tocar bastante alta "Enter Sandman - Metallica", Davina foi entrando olhando tudo curiosa, colocou a mochila no sofá, ele se aproximou, foi tirando o cigarro dela, de dentro do bolso da camisa social
— Davina, né?
— Sabia que isso aqui, vai te matar?
— Tem fogo?
Ela tirou o isqueiro do bolso, deu na mão dele
— Morrer é a única certeza que temos na vida. E eu não tenho medo. Tenho até vontade.
Ele guardou o isqueiro no bolso da calça, foi chegando mais perto
— Teremos algumas regras, de convivência.
A segurou pelo rosto, apertando forte
— Toda vez que fumar, perto de mim, vou te fazer comer o cigarro.
— E se eu sentir o cheiro de cigarro em você, vou te queimar com ele.
— Você é muito nova e isso te deixa fedendo.
Ela o olhou profundamente séria nos olhos
— Não vou