68. Eu não vou aguentar
Karev
O quarto estava em silêncio, exceto pelo som ritmado dos aparelhos monitorando cada batida do coração dela.
Eu não queria sair.
Eu não podia sair.
Mas a enfermeira já estava ali, parada na porta, me observando com um olhar firme, porém compreensivo.
"Senhor Khalid, já passou do tempo permitido. Precisamos que o senhor deixe o quarto agora."
Minha mandíbula travou. Minha garganta parecia feita de areia.
"Eu..." Minha voz falhou, então apenas engoli em seco e olhei para Mallory mais uma vez.
Ela não se mexeu.
Eu soltei o ar pesadamente e levei sua mão até meus lábios, deixando um beijo suave sobre sua pele fria.
"Volta pra mim, Mal."
Me obriguei a soltá-la. A me afastar.
Cada passo até a porta parecia impossível, como se fios invisíveis estivessem me puxando de volta para ela.
Mas, no fim, eu fui.
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Voltar para a recepção sem nenhuma notícia nova era desolador. Todos da família dela estavam ali, assim como alguns membros da alcateia. O cheiro no ar era uma mistura de angústia, me