Acordei com o celular despertando e resmunguei. Os únicos dias em que posso dormir até tarde, são nas minhas férias e eu vejo isso como um prêmio e não posso perder. Não a oportunidade de dormir, mas hoje tenho uma coisa boa para fazer! Troquei de roupa e prendi meu cabelo em rabo de cavalo. Sempre fazia isso quando ele estava rebelde ou quando ia ficar no estábulo, ou seja, sempre. Meu cabelo é um espécime estranho... Às vezes está bom, às vezes está lambido, como se uma vaca tivesse passado a língua e deixado ele colado ao couro cabeludo. Isso tudo por ser liso demais.
Fui até a cozinha e Guilherme já estava lá. A cozinha era muito grande e bonita.
— Bom dia! — disse sorrindo.
— Bom dia.
Maria apareceu e sorriu ao me ver.
— Bom dia, menina!
— Bom dia — falei sorrindo.
— Fiz um bolinho delicioso!
— Aposto que sim. — Ela sorriu. Comi o bolo e suspirei. — Só conheço uma pessoa que cozinha tão bem quanto você.
— É mesmo? Quem é?
— A Maria. Ela trabalha para os meus pais... — Desviei o ol