~~CAPÍTULO 22~~
BRIAN
— Se estou aqui, estou em perigo.
Em tantas frentes.
Meu próprio coração louco e absoluta incapacidade de aprender com meus erros.
— Eu não vou deixar nada te machucar.
—Você vai me machucar.
Ele levanta um ombro levemente.
— Você vai sobreviver.
— O que acontece quando você se cansar de mim? Você me joga para Ricci, deixa ele levar o lixo para fora?
É uma pergunta maluca, cem por cento hipotética. Não estarei aqui para descobrir. Mas eu quero as palavras. Nunca. Quero você. Tudo vai ficar bem.
E o que há de errado comigo que anseio por consolo e segurança como uma viciada, como uma criança órfã faminta de amor? E estou pedindo isso ao Luca? É como pedir reanimação boca a boca de um peixe.
Ainda assim, ouço sua resposta, extasiada, meus braços magros em volta dos meus joelhos nus, tremendo.
Ele passa o polegar sob o anel.
— Jogo xadrez desde os quatro anos. Não estou cansado disso ainda.
— Então, eu sou um jogo para você?
Não é uma acusação; é um escla