Leonardo olhou para Bruno sem esboçar nenhum sorriso e falou: —Não estou indo longe demais. Eles é que foram longe quando decidiram tirar a vida de um pai de família honesto e trabalhador por ganância.
—Se você acha que vou ter misericórdia deles, está enganado. Se você não tem estômago para isso, aconselho a pular do barco.
Bruno balançou a cabeça em negativo e disse: —Não vou, porque sei a dor de um filho que perde o pai ou a mãe por doença natural. Imagine a dor de saber que seu pai foi assassinado.
Leonardo olhou seriamente para Bruno e falou: —Rapaz, não quero que se envolva nisso. Você é jovem e tem um futuro pela frente.
Bruno encarou Leonardo e disse: —Falando assim, parece até que você é velho. Mas acho que você tem de 19 a 20 anos, então pare de me tratar como criança.
Leonardo olhou para Bruno com uma carranca e encarou-o com um olhar sombrio. Mas o rapaz não se intimidou. Bruno continuou: —Eu não sei quem você é de verdade, Leonardo. Só sei que em menos de cinco