Leonel acordou com uma grande ressaca depois de toda aquela bebedeira do dia anterior, se sentou para tomar café com a esposa e a filha com a pouca vergonha que ainda lhe sobrava.
– Depois de velho, passou a nos envergonhar caindo de bêbado pelas tabernas. – Grita Ester.
– Fique calma mulher, não é para tanto. Estou aqui inteiro não estou?
– Como não é para tanto Leonel? Foi preciso que aquele homem te trouxesse de carro para casa por que você não se aguentava de pé.
– Aquele talzinho da cidade, ainda devo essa droga de favor a ele.
– Ele trouxe o senhor aqui? Dom Andreas? – Perguntou Guadalupe interessada no teor da conversa de seus pais.
– E ele parecia preocupado pela idade e falta de juízo do seu pai...
O coração de Lupe se encheu de esperança e ela sequer sabia por que saber disso a fez sorrir.
– Então ele não é um homem ruim como eu pensava. – Diz ela deixando escapar um suspiro de fé.
– Talvez não seja, sabemos pouco ainda sobre ele paga fazer julgamentos. – Relembrou Ester, se