O Estopim e a Brigada da Verdade
Stella Ferreira
A viagem de volta para a mansão foi tensa. Isabella dirigia, e eu estava no banco de trás, a imagem de Eva e o veneno de suas palavras grudados em minha mente. A "sensação amarga" era a certeza absoluta de que Eva poderia mexer mais uma vez com a cabeça de Dante. Ela era o ponto cego dele, a fraqueza que ele se recusava a enxergar.
A tranquilidade forçada da mansão não durou. Dante estava nos esperando no hall de entrada, a fúria contida em cada linha de seu corpo. Ele parecia um predador que havia esperado demais.
A primeira coisa que ele me perguntou quando chegamos é como tínhamos a coragem de sair sem a sua autorização.
— Onde vocês estavam? Você tem ideia do risco que correu, Stella? Eu dei ordens! — Ele rosnou, a voz baixa e perigosa.
Isabella tentou intervir, com sua calma usual. — Dante, acalme-se. Estávamos sob minha supervisão. Não seja ridículo.
Ele nem olhou para a mãe. Seus olhos estavam fixos em mim, exigindo