A Ilha e a Dança Proibida
A rotina na vila isolada tornara-se uma prisão dourada para Isabella Moretti. O sol ofuscante, a vastidão azul do mar e o luxo austero da fortaleza de pedra serviam apenas para sublinhar a sua condição de cativa. Ela era protegida da ameaça que o filho vivia para acreditar, mas estava aprisionada pela obsessão de André Nascimento pelo protocolo.
Numa tarde, enquanto André revisava o log de segurança no seu escritório improvisado, Isabella surgiu na porta. Ela não pediu permissão; apenas apoiou-se no batente, vestindo um vestido de seda leve, algo que ela não usava sem motivo. Os seus olhos, normalmente gélidos, tinham um brilho de desafio.
— O meu confinamento está a afetar as minhas faculdades sociais, André. — Ela começou, a voz calma, mas carregada de ferro. — E a sua companhia, embora inestimável em termos de risco militar, é deplorável para a minha saúde mental.
André não levantou os olhos do ecrã.
— A sua saúde mental é irrelevante para a segur