Igor Carter
Acordei com a porta do quarto sendo aberta devagar, e me virando na cama, encontrei minha mãe olhando para mim com um sorriso no rosto.
Esticando os braços na tentativa de me alongar, olhei para o teto e vi que minhas mãos eram pequenas e magras. Sentando no colchão, vi que eu estava usando um pijama azul com estampa de carros.
A sensação de apego naquele pijama me fez lembrar que era o meu preferido.
Olhei a minha volta e percebi que o quarto em que eu estava era impecável. Uma mansão que vivemos a muitos anos atrás. Quando meu pai ainda estava sem vícios.
— Bom dia, meu amor.
Minha mãe entrou no quarto e se sentou sob o colchão comigo e disse com a voz calma e delicada.
— Logo iremos sair. Seu pai está ansioso para mostrar o seu presente.
Arqueando as sobrancelhas, fiquei feliz e me joguei nos braços da minha mãe enquanto beijava seu rosto.
O cheiro da minha mãe. Eu ainda me lembro.
Apertando minha mãe em meus braços, eu perguntei com uma voz infanti