A visita de Luigi à Fazenda Calegari, embora breve e carregada de uma tensão palpável, estabeleceu um novo e doloroso ritmo na vida fraturada da família. Aos sábados, pontualmente, o carro de Luigi cruzava os portões da propriedade. Ele não entrava mais na casa principal sem ser convidado. Esperava na varanda, e era recebido pelas crianças, que, aos poucos, se acostumavam àquela nova e estranha rotina. A presença dele era exclusivamente para elas.

Luigi seguia sua penitência com uma dedicação quase monástica. As sessões com o Dr. Matarazzo eram seu purgatório semanal, onde ele era forçado a confrontar não apenas seus erros, mas as raízes de sua arrogância, a vaidade que o tornara vulnerável, e o abismo de solidão que ele mesmo criara ao redor de si, mesmo antes de Diana Monteiro. Ele estava aprendendo que a culpa não era um estado, mas um ponto de partida para uma reconstrução dolorosa.

Para Jessica, aqueles sábados eram um teste de resistência emocional. De sua janela no andar de cim