88. A rainha afia suas garras e a marcha para a batalha
Enquanto a mansão Calegari se afundava em um crepúsculo de silêncio e desolação, governada pela presença insidiosa de Diana Monteiro, na Fazenda Calegari, um novo sol começava a raiar no coração de Jessica. A dor lancinante da traição ainda estava lá, uma cicatriz que ela carregaria para sempre, mas sobre essa dor, uma camada de aço começava a se formar. O choro desesperado das primeiras noites dera lugar a um silêncio pensativo, a uma análise fria e meticulosa de cada evento que levara à ruína de seu casamento.
Ela via agora, com uma clareza que a assustava, a teia perfeita que Diana tecera. Cada palavra de admiração, cada gesto de falsa amizade, cada conselho envenenado que a fizera, sutilmente, duvidar de sua própria capacidade de compreender o marido. E via a fraqueza de Luigi, sua vaidade intelectual, sua necessidade de ser "compreendido" por alguém que espelhava suas próprias complexidades, uma necessidade que Diana explorara com a precisão de uma predadora. A raiva que sentia po