77. O banquete da tentação e o abismo nos olhos de Luigi
Os dias que se seguiram ao fim de semana na Fazenda Calegari, onde Diana Monteiro encantara seus filhos e sutilmente envenenara sua paz, foram para Luigi um suplício crescente. Ele se movia pela mansão e pelo escritório como um sonâmbulo, o sorriso para Jessica e as crianças uma máscara dolorosa que mal escondia o turbilhão em sua alma. A imagem de Diana, com seu olhar compreensivo e sua beleza enigmática, assaltava-o nos momentos mais inesperados, e a culpa por essa atração indesejada o consumia.
Ele tentava, desesperadamente, reerguer as muralhas ao redor de seu coração. Mergulhava no trabalho com uma fúria renovada, buscando nos números e nas estratégias da Calegari Indústrias um refúgio para seus pensamentos. Cobria Jessica de uma atenção quase febril, enchendo-a de presentes, de declarações de amor, como se quisesse provar a si mesmo, mais do que a ela, a solidez de seus sentimentos. Mas era como tentar conter uma represa com as próprias mãos; a admiração intelectual por Diana, a