Miguel está completando quatro meses, está uma bolinha viciada em mamar, parece um bezerro. Meus pais agem como se ele fosse o rei desta casa.
—Mãe, vou a cidade para comprar fraldas, está precisando de algo? —perguntei.
—Oh não, querida. Pode ir tranquila. —ela respondeu.
Peguei a chave do carro e parti rumo a cidade, desde que eu conheci nosso vizinho, ele vem quase todo dia para conversar com meu pai e acaba puxando assunto comigo também.
Quando cheguei ao centro fui direto no supermercado dele, entrei e fui na parte de produtos higiênicos.
Enquanto eu escolhia as fraldas e mais algumas coisas, senti uma mão em meu ombro, olhei para trás e Almir estava ali, sorrindo.
—Bom dia, que surpresa. —ele disse.
—Bom dia, pois é! estou atrás de fraldas para aquele pequeno bezerro. —sorri.
—Leve quantas quiser, é um presente meu.
—Oh, não. Não posso aceitar! —respondi.
—Pode sim, mas se quiser me pagar, jante comigo qualquer dia desses. —ele disse.
Olhei para os lados para conferir