- E agora? Desmantelamos a ponte? – Odro lança uma gargalhada.
- Acho que é melhor pormos o rex de pé.
- O rex? Queres dizer o teu pai! – noto que a cara de Hermerico fica tensa. Paramos de cavalgar e saímos da garupa das montadas. Cortamos as cordas que mantinham o rei amarrado ao dorso da égua. Ele ressentiu-se com dores, mas ficou satisfeito por cavalgar erecto. Amordaçamos o rei para não o ouvirmos amaldiçoar-nos, seu olhar era puro ódio e eu tento ver se a cara dos dois era parecida.
- Não terá sentinelas a ponte?
- Não, isso era nos velhos tempos, ali, do outro lado estão pescadores da noite.
- Pesca-se bem à noite?
- Acho que sim. - lentamente atravessamos a ponte, vendo em baixo as lucernas que alumiavam a sombras dos pescadores do rio que, em vigília de trabalho, vigiavam as suas canas que trariam mais algum parco alimento para a sua prole.
Os sombrios pescadores miravam-nos, vendo-nos levar alguém amordaçado. Po