Capt. 30

- E agora? Desmantelamos a ponte? – Odro lança uma gargalhada.

- Acho que é melhor pormos o rex de pé.

- O rex? Queres dizer o teu pai! – noto que a cara de Hermerico fica tensa. Paramos de cavalgar e saímos da garupa das montadas. Cortamos as cordas que mantinham o rei amarrado ao dorso da égua. Ele ressentiu-se com dores, mas ficou satisfeito por cavalgar erecto. Amordaçamos o rei para não o ouvirmos amaldiçoar-nos, seu olhar era puro ódio e eu tento ver se a  cara dos dois era parecida.

- Não terá sentinelas a ponte?

- Não, isso era nos velhos tempos, ali, do outro lado estão pescadores da noite.

- Pesca-se bem à noite?

- Acho que sim. - lentamente atravessamos a ponte, vendo em baixo as lucernas que alumiavam a sombras dos pescadores do rio que, em vigília de trabalho, vigiavam as suas canas que trariam mais algum parco alimento para a sua prole.

Os sombrios pescadores miravam-nos, vendo-nos levar alguém amordaçado. Po

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