JULIETA
Acordei com muito frio, com a garganta seca e olhos pesados. Eu lentamente abri meus olhos e olhei para tudo ao meu redor. Eu estava em um hospital ou sala de clínica. Olhei para o quarto novamente, eu estava sozinho, não havia ninguém além de mim.
Toquei todo o meu corpo para verificar se estava bem, a única coisa que tinha era uma linha na veia que certamente me fornecia soro.
Respire fundo. Minha cabeça doía tremendamente. Novamente. Fechei os olhos com dor e depois os abri. Acabei de perceber que minha memória havia voltado. Lembrei-me de tudo, totalmente de tudo.
Deus! Pobre Cristiano pelo que passou — pensei — tenho que vê-lo, procurá-lo e dizer-lhe que já me lembro de tudo.
Sentei na cama e tentei sair dela, mas a dor de cabeça não deixava, me desorientava, era tão forte que meus olhos se fecharam sozinhos.
Consegui abaixar uma perna, o frio que senti pelos pés descalços, tocando o chão, foi refrescante.
Quando abaixei a outra perna, a porta do quarto se abriu, a luz qu