A minha cabeça estava fervendo de tantas dúvidas que estavam surgindo, o meu tio realmente tinha razão? O assassino estava ali entre nós? O corpo do meu pai estava mesmo tentando me dar um aviso?
Os pensamentos iam me atingindo como facas.
- Já chega, parem de aumentar a dor dela! Ela acabou de perder o pai... - Disse Enzo ainda me segurando nos braços.
- Ela merece saber a verdade, não dá para ficar escondendo para sempre Enzo, olha bem, olha para o meu irmão morto no caixão...Essa mentira matou o meu irmão!
O silêncio se tornou sepulcral após essa frase, mas não era o momento dos meus questionamentos, eu precisava enterrar o meu pai dignamente.
O cortejo partiu e eu fui na frente, o dia nublado deixava tudo masi terrível e mórbido. O vento frio correndo pelo cemitério dava um ar mais dramático ao enterro.
Não houve mais choro e nem desespero, só o barulho dos pássaros ao redor e o barulho das cordas descendo o caixão. Não havia mais nada ali.
Tentei me concentrar na idéia de que