Desde a noite em que o meu pai foi enterrado eu não consegui mais dormir em paz. O luto parecia estar envolto em meu corpo, me sufocando em toda a oportunidade ou lembrança que invadia a minha cabeça.
Era mais do que a perda, o luto estava me devorando por dentro.
Meu pai estava morto, o único elo com a minha família e a minha irmã supostamente me mandou uma carta admitindo esse assassinato e sumiu logo depois.
As investigações estavam sendo feitas, ela desapareceu da nossa antiga casa como uma sombra que o amanhecer não encontrou.
Ela sempre havia sido insuportável, mas eu não acredito que ela tivesse a coragem de matar o nosso pai a sangue frio, apesar de tudo ela o amava.
- Você precisa parar de cavar, tem que me deixar resolver tudo isso! – Disse Enzo parecendo desapontado.
O nosso relacionamento permanecia estagnado: O casamento havia sido consumado, os sentimentos eram evitados a todo custo e ele saía toda noite.
O pretexto eram as reuniões, administração dos negócios, mas dentr