A consciência de Valentina pesava como uma cruz invisível em seus ombros.
Ela acordou com os primeiros raios de sol atravessando as cortinas do quarto de Gabriel. Seu corpo estava quente sob os lençóis, e a lembrança da noite passada ardia em sua mente. O gosto do pecado ainda estava em seus lábios. Ela abriu os olhos e viu Gabriel ao seu lado, ainda adormecido. O lençol cobria apenas parte de seu corpo, revelando a pele marcada por cicatrizes e histórias que ela ainda não conhecia. Ele parecia vulnerável, quase inocente. Mas Valentina sabia a verdade. Nada em Gabriel e era inocente. Ela prendeu a respiração, sentindo um nó apertar sua garganta. O que havia feito? Seu coração martelava no peito enquanto memórias invadiam sua mente — os beijos, os toques, o desejo proibido que queimava entre eles. Ela era uma freira. Ou, pelo menos, dev