Carolina Borges

Me surpreendo com o que o Bruno me fala. Até poderia imaginar que ele pedisse ajuda da polícia, da federal, de qualquer um. Mas me deixar aos cuidados do Alex, de quem ele tem ciúmes, isso me faz acreditar que a situação é perigosa a ponto de ele fazer qualquer coisa para me proteger.

— Bruno, como assim ligou para o Alex? — Não consigo aceitar que ele fez isso; quero uma boa explicação e não vou aceitar assim tão fácil. — E você ainda não me disse como está, meu irmão?

— Vou te falar tudo, eu prometo, mas preciso que você fique calma e tranquila, tudo bem? — Sinto a respiração dele se acalmando.

Ele abaixa a cabeça, encosta no meu ombro e começa a chorar. Fico preocupada com esse desespero todo. Tento me virar de lado, mas o acesso no meu braço dificulta um pouco; mesmo assim, consigo me aconchegar em seus braços.

— Moreno, eu te amo, muito mesmo. Mas quero que você me diga o que está planejando para eu decidir o que é melhor fazer. Deixe-me decidir por mim mesma, por