Alex Spanos
Depois de alguns dias, recebemos um telefonema do hospital pedindo que fôssemos todos para lá. Meu coração se aperta de medo pela notícia que iremos receber, e aguardamos ansiosos pelo médico.
— Familiares da Sr.ᵃ Spanos? — uma médica nos chama. Levantamos juntos e noto um sorriso otimista em seu rosto.
— Somos nós, doutora. Diga, o que houve com minha esposa? — Meu pai pergunta, aflito.
— Chamamos vocês porque ela apresentou uma melhora. Quero que tenham em mente que, se não recordar de algumas coisas, é porque o trauma foi extenso. Peço cautela e paciência, tudo bem?
Espera… o que ela está dizendo? Minha mãe acordou do coma?
— Doutora, minha mãe acordou? — pergunto, com a voz trêmula.
Minha irmã se agarra ao meu braço.
— Sim. Ela despertou hoje pela manhã. Ligamos para vocês assim que concluímos os exames necessários. Venham, vou acompanhá-los até o quarto.
Transferiram minha mãe da UTI para um quarto privativo. Ela ainda está cheia de aparelhos, mas quando nos vê, abre