Vanessa Díaz
Fico aliviada ao saber que o médico não vê necessidade de me manter presa no hospital. Pelo que me lembro, o Gustavo não vai me deixar sozinha em casa e ainda corro perigo com os capangas do Carrillo. Sei que será muito melhor na casa dele, cercada de seguranças, do que fugindo.
Infelizmente, ele ainda não conseguiu nenhuma informação concreta de onde eles podem estar. A cada hora que passa sem notícias, fico mais aflita e percebo o quanto ele também está preocupado.
Mesmo sentindo que o Guilherme é do Gusta, não tenho certeza. Minhas lembranças me levam a acreditar nisso, mas espero que minha memória volte antes de encontrarmos meu irmão e meu bebê.
Tirei leite o suficiente para aliviar o incômodo nos seios e finalmente consigo descansar. Gustavo está deitado comigo, abraçando minha barriga. Sinto sua respiração tranquila no meu ombro. Ele parece mais maduro, diferente do que me lembro… e até mais bonito. Com a mão livre, acaricio seu rosto. Chorei tanto por esse homem,