Laís Alcântara
Henrique me puxa para o elevador em uma velocidade enorme, quase me faz tropeçar, não entendo o porquê da sua pressa. Já na caixa metálica, o visor exibe que estamos no quadragésimo andar, o que me faz pensar que tenho um bom tempo para deixar o homem ao meu lado cheio de vontades.
Dou dois passos e fico na sua frente, afasto os cabelos do caminho, olho por cima do ombro para ele, que sorri de canto, dou uma piscada e volto a olhar para frente. Me surpreendo quando ele passa a mão pelo meu pescoço, me virando de frente para ele, sinto quando ele faz uma leve pressão no lugar.
O seu olhar era de um predador, de um homem que teria coragem de concretizar qualquer coisa ali dentro daquele cubículo, mesmo eu tendo certeza de que ele não faria nada ali dentro.
Sua respiração estava pesada com o tesão que começou a sentir. Ele se aproximou do meu corpo, me prendendo na parede fria de metal, me apoiei no encosto na barra no meio do elevador e começo a rir para o homem lindo que