Eduardo Lira
Saí da sala da Bia intrigado com o carinho que ela demonstrou pela minha filha. Quando Helena correu para o colo dela e se derreteu naquele abraço, percebi que, se antes eu já estava encantado apenas com sua presença, agora estava completamente rendido. Se não conquistar essa mulher, pode ter certeza de que mudo até de nome. Não cheguei onde estou, desistindo dos meus objetivos.
Do lado de fora, procurei Helena, mas não a encontrei. Fui até a sala da diretoria para pedir que a liberassem. Assim que entrei, a diretora me recebeu:
— Em que posso ajudá-lo, senhor Lira? — perguntou com um tom de voz sedutor, que me deu vontade de revirar os olhos.
— Gostaria que liberasse a saída da minha filha. Temos um compromisso à tarde —, respondi, sem mencionar que a levaria para comprar roupas.
— Tudo bem, pedirei para que a professora a traga aqui. Pode se sentar, se quiser.
— Vou aguardar lá fora. Obrigado e até logo.
Ao sair, dei de cara com a professora da Helena. Ela é bonita, mas